Estamos passando por uma fase importante de redescoberta do Prazer da Mulher, principalmente porque, por muito tempo, em muitas culturas, a mulher (e seu corpo) era considerada como posse de um homem, fosse pai, irmão ou marido.
Mas hoje temos buscado o direito de serem donas de si mesmas, o que inclui o direito ao Prazer.
Tenho visto, cada vez mais, pessoas que se relacionam com mulheres sentindo o “peso da responsa” de fazê-las gozar, passando de algo que “não pode” para “tem que”. É isso gera uma super pressão, pra ambos.
De uma lado a cobrança da Mulher Maravilha que além de ter que ser boa mãe, boa profissional, boa dona de casa, ainda TEM que gozar varias vezes.
“Ter que” não é direito, é obrigação e, geralmente, obrigação não costuma se relacionar bem com prazer.
Por outro lado, pessoas que se relacionam com mulheres têm se cobrado pra ser a pessoa responsável por dar todos os orgasmos não “dados” pelos últimos milênios.
Faço, então, uma ressalva importante: NINGUÉM “DÁ” O PRAZER DE NINGUÉM!
Prazer é algo que se sente, e ninguém pode sentir nada por ninguém, o que DAMOS são ESTÍMULOS, e esses estímulos são dados também pelo que sentimos, ou seja, ainda que a intenção seja de dar prazer, se estamos sentindo tensão, dor ou cobrança, isso será passado, ou no mínimo comunicado, junto com o estímulo que estamos dando.
Da mesma forma, se estamos relaxados, curtindo, brincando, a disposição para estar JUNTO, isso também será transmitido, de uma forma ou de outra.
Portanto, deixo aqui uma dica preciosa, em vez de tentar Dar o prazer pro outro, esteja a disposição pra sentir prazer junto com o outro.
Isso não significa que ambos precisam estar o tempo todo dando e recebendo carinho, por exemplo, mas entregue-se , seja para o dar ou para o receber, quando nos entregamos, podemos sentir um prazer muito profundo.
Estar a disposição, estar aberte pra ouvir, pra ver, perceber o que a outra pessoa esta comunicando, seja com o corpo e/ou voz a voz é poderoso demais.
E é justamente isso que ensino no Curso Livre de Massagem Tântrica que conduzo, além de técnicas valiosas para aprender novas formas de estimular, mas principalmente desenvolver a sensibilidade de se conectar e perceber o que é mais prazeroso PARA CADA PESSOA, EM CADA MOMENTO.
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